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Escolas se intrometem no que aluno faz em rede social

Casos de ofensa e exposição negativa de colégios e estudantes são punidos

Estudantes já foram suspensos e há casos de expulsões; escola não pode ser "policialesca", diz professora da USP

TALITA BEDINELLI
FABIANA REWALD
DE SÃO PAULO

 

Durante uma aula vaga no Sesi de Osasco (Grande SP), os alunos decidiram tirar fotos deitados em colchonetes deixados no pátio para a aula de educação física.

Um deles colocou uma imagem no Facebook (comunidade virtual de relacionamentos) com uma legenda irônica, em que dizia: vejam as aulas que temos no Sesi. Uma professora viu a foto e avisou a diretora. Resultado: o aluno teve de apagá-la e todos levaram uma bronca.

O caso é um exemplo da luta que as escolas têm travado com os alunos por conta do uso das redes sociais.

Assuntos relativos à imagem do colégio, casos de bullying virtual e até mensagens em que, para a escola, os alunos se expõem demais, estão tendo de ser apagados e podem acabar em punição. Em uma unidade do Rio Branco, um vídeo com cenas de sexo entre dois alunos, com uniformes, foi parar na internet. O colégio chamou os estudantes e as famílias.

A menina resolveu sair da escola. O menino e o colega que filmou a cena foram convidados a se retirar.

No Mackenzie, contam os alunos, um casal foi suspenso depois de a menina pôr no Orkut uma foto deles se beijando na escola -o que, segundo eles, é proibido. Rio Branco e Mackenzie não comentaram os casos. O Sesi diz que só pediu para apagar a foto porque houve um "tom ofensivo". Como outras escolas consultadas, nega que monitore o que os alunos publicam nos sites.

EXERCÍCIOS

Como professores e alunos são "amigos" nas redes sociais, a escola tem acesso imediato às publicações.

Foi o que aconteceu com Lucas Panzini Marini, 16, no Arbos, de Santo André (ABC paulista). Um professor soube da página que ele criou com amigos no Orkut. Nela, resolviam exercícios de geografia -cujas respostas acabaram copiadas por colegas. Ele teve de tirá-la do ar.

O caso é parecido com o de uma aluna de 15 anos do Rio de Janeiro obrigada a apagar uma comunidade criada por ela no Facebook para a troca de respostas de exercícios.

Ela foi suspensa. Já Lucas não sofreu punição e o assunto ética na internet passou a ser debatido em aula.

Transformar o problema em tema de discussão para as aulas é considerado o ideal por educadores. "A atitude da escola não pode ser policialesca, tem que ser preventiva e negociadora no sentido de formar consciência crítica", diz Silvia Colello, professora de pedagogia da USP.

Fonte: Folha de São Paulo - COTIDIANO
São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011 



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