Dever de casa
Dever de casa
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26 de julho de 2006
CLAUDIO MENDONÇA
O gestor dos sistemas educacionais de todo o país enfrenta o mesmo desafio: garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, proporcionando o desenvolvimento de habilidades e aprendizagem. Os indicadores da matéria são internacionais. Trata-se da aprovação, desempenho, evasão, abandono e distorção idade-série. É claro que outros fatores levam o aluno a abandonar a escola, como a gravidez precoce, a ausência de gratuidade dos transportes públicos, mas nenhum fator atinge tanto quanto a repetência. A partir do mês de setembro, milhares de jovens começam a abandonar a escola, sem perspectivas de aprovação.
A avaliação deve ir além de atribuir notas, deve estar a serviço do aluno, da escola e do sistema educacional. Os governos não têm o direito de simplesmente lamentar seus indicadores educacionais ao final de cada ano. Ao contrário, têm o dever de estabelecer mecanismos de reforço e apoiar os professores para que desenvolvam novas oportunidades de avaliação. Não oferecer reforço para os casos de baixo rendimento é negar oportunidades à população
que depende disso para sua autonomia e ascensão social.
Claudio Mendonça, ex-consultor do Banco Mundial e ex-secretário estadual de Educação.
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