Existe um número significativo de pais que, por terem sido educados de forma repressora (com castigos e até espancamentos), acabam por estabelecer para seus filhos uma forma de educar exageradamente liberal. Sem limites, crescem com pouquíssimas obrigações e responsabilidades, muito mais direitos que deveres e tornam-se jovens com enorme dificuldade para o exercício da disciplina e de valores de convivência. São os chamados príncipes sociais. Deve ficar claro que a imposição de restrições é inerente ao processo educacional e que até para brincar a criança tem que seguir regras de
convívio, respeitar direitos e estabelecer limites a si mesma. Muitos, em sala de aula, não são instados a obedecer regras, são encarados como clientes pelo professor. Não é raro a frase: “meu pai paga seu salário”. O resultado será um jovem incapaz de portar-se no ambiente de trabalho, de executar tarefas em grupo, e seguir um padrão ético e cooperativo.